O meu corpo em movimento
Fui buscar minhas novas lentes. Miopia. Creio que meus olhos estranharam o aumento de grau e fiquei com um pouco de dor de cabeça. Na verdade, levantei hoje com a cabeça estranha.
Perdendo hora, acelerei até a escola. Chegando lá dei com as portas fechadas. Recomendação da Secretaria de Educação para estes dias de Bagdá-Brasil. Não acredito que isto seja realmente necessário, mas o que posso fazer. Fiquei puto por ninguém me avisar.
Novamente em casa passei os olhos pelos jornais e me enfadei de ler sobre o PCC e a lista dos convocados. Tudo muito superficial e meramente informativo, como se saber quantas balas foram alvejadas num posto policial ou a opinião do Parreira sobre os adversários na Copa fossem questões relevantes nesta hora do dia. Não são.
Preciso conversar com alguém lúcido neste momento. Algo como assistir as aulas do Nicolau Sevcenko. Difícil. Ainda assim, com muito chá gelado, a gente vai levando. Sem limão.
Comprei o novo CD do Chico Buarque, aquela edição que está com o DVD. Carioca. Tenho que escutá-lo mais, apuradamente, com tempo. Também li três entrevistas suas, na TRIP, no Estadão e na Carta Capital. Anotei algumas observações e penso em escrever sobre elas. Agora não.
Estava animado com uma proposta de emprego, uma escola que me sondou. Nem sei mais. Os horários não são compatíveis e eles precisam que eu comece a lecionar na próxima semana. Assim fica complicado, pois estou empregado e não posso abandonar meus compromissos sem me preparar com antecedência. Pena, pois se conseguisse encaixar estas aulas em minha vida poderia voltar para a capital.
Estou apaixonado e confuso. Gostaria de possuir alguma certeza. Gosto dela e não queria perder este prazer. Um sentimento egoísta. O que sei é que cresci muito nesta relação e me entendo como um homem cada dia mais consciente da confusão. Consciente de coisa nenhuma. Não dá pra saber de nada e nem pra dizer “eu te amo”.
Música brasileira.
Conversei com uns amigos queridos dos tempos de USP. Fiquei sabendo de antigos colegas, inoculados pelo consumismo e fetichismo do “carro zero”. Estranho. Pensei na minha vida e tentei fazer uma reflexão. Desejo cada vez menos só que, os desejos, com maior perfeição e definição. Sei o que quero. Desculpem os arautos de Alphaville, mas sonho com minha biblioteca.
E com os olhos de Clarissa.
Soñé que el fuego helaba
Soñé que la nieve ardia
Y por soñar lo imposible
Soñé que tu me querias.
- anônimo
Perdendo hora, acelerei até a escola. Chegando lá dei com as portas fechadas. Recomendação da Secretaria de Educação para estes dias de Bagdá-Brasil. Não acredito que isto seja realmente necessário, mas o que posso fazer. Fiquei puto por ninguém me avisar.
Novamente em casa passei os olhos pelos jornais e me enfadei de ler sobre o PCC e a lista dos convocados. Tudo muito superficial e meramente informativo, como se saber quantas balas foram alvejadas num posto policial ou a opinião do Parreira sobre os adversários na Copa fossem questões relevantes nesta hora do dia. Não são.
Preciso conversar com alguém lúcido neste momento. Algo como assistir as aulas do Nicolau Sevcenko. Difícil. Ainda assim, com muito chá gelado, a gente vai levando. Sem limão.
Comprei o novo CD do Chico Buarque, aquela edição que está com o DVD. Carioca. Tenho que escutá-lo mais, apuradamente, com tempo. Também li três entrevistas suas, na TRIP, no Estadão e na Carta Capital. Anotei algumas observações e penso em escrever sobre elas. Agora não.
Estava animado com uma proposta de emprego, uma escola que me sondou. Nem sei mais. Os horários não são compatíveis e eles precisam que eu comece a lecionar na próxima semana. Assim fica complicado, pois estou empregado e não posso abandonar meus compromissos sem me preparar com antecedência. Pena, pois se conseguisse encaixar estas aulas em minha vida poderia voltar para a capital.
Estou apaixonado e confuso. Gostaria de possuir alguma certeza. Gosto dela e não queria perder este prazer. Um sentimento egoísta. O que sei é que cresci muito nesta relação e me entendo como um homem cada dia mais consciente da confusão. Consciente de coisa nenhuma. Não dá pra saber de nada e nem pra dizer “eu te amo”.
Música brasileira.
Conversei com uns amigos queridos dos tempos de USP. Fiquei sabendo de antigos colegas, inoculados pelo consumismo e fetichismo do “carro zero”. Estranho. Pensei na minha vida e tentei fazer uma reflexão. Desejo cada vez menos só que, os desejos, com maior perfeição e definição. Sei o que quero. Desculpem os arautos de Alphaville, mas sonho com minha biblioteca.
E com os olhos de Clarissa.
Soñé que el fuego helaba
Soñé que la nieve ardia
Y por soñar lo imposible
Soñé que tu me querias.
- anônimo
2 Comments:
fico feliz pelo amor e, naturalmente, pela biblioteca!
abraços
Hay una variante irónica de ess versos anónimos que dice:
Soñé que me amabas
Soñé que me querías
Y me caí de la cama
Por soñar tonterías.
:)
Besazos y suerte con ese nuevo amor.
Cristina.
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