quinta-feira, dezembro 23, 2004

Ainda lembro

O amor comeu o meu nome, minha identidade, meu retrato
O amor comeu a minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O amor comeu meus cartões de visita
O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas
O amor comeu metros e metros de gravatas
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas
O amor comeu meu Estado e minha cidade
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte!
Os Três Mal-Amados (fragmento)
João Cabral de Mello Neto

Existen amores y amores. Una de esas clases de amor es el amor ciego e idealizador en el que, más allá de la relación sentimental, se piensa en la otra persona como el ser más caritativo, bondadoso y humano del planeta. Pero el sentimiento que nos colma no hace sino engañarnos, y prueba fehaciente es el desengaño posterior. Mi actual desengaño, si puedo decirlo. Mi desgarrador desengaño.
Amores, desengaños y lágrimas
Muriel

Por isso que a vida é sempre mais emocionante que a ficção! No momento opto pela vida e suas maluquices!
Parei de escrever, parei de inventar, parei de me excluir do mundo e ficar viajando na frente das teclas sujas do computador.
Até entendo porque antes preferia ficar na ficção. É dolorido e arriscado!
Frustração
Bia