Acho que o remedinho está fazendo efeito
Te fiz um rock, Melissa
Pode crer que é sobre amor
Se não tiver como ir pra praia
Não precisa nem estalar os dedos
Se tu quiser que eu te leve
Eu aprendo a dirigir!
Melissa
Bidê ou Balde
Pode crer que é sobre amor
Se não tiver como ir pra praia
Não precisa nem estalar os dedos
Se tu quiser que eu te leve
Eu aprendo a dirigir!
Melissa
Bidê ou Balde
Hoje fui dirigindo até o psiquiatra! Nunca tinha ido tão longe com o carro. Fui direitinho, estacionei na sombra, sai e entrei na garagem. Tudo sem muito medo e sem café no conhaque. Na verdade, sem café e sem conhaque.
Cortei o café, o conhaque e o charuto. Careta, né?
Acontece que fui até lá dirigindo, coisa que nunca tinha feito antes. Fiquei pensando e procurando nisto uma boa metáfora, como todo leitor assíduo de poesia. Acho que, com tempo, estou voltando a dirigir minha vida. Que gostoso.
Ainda tenho medo, medo de quase tudo. Tenho medo de conseguir a mulher e depois perdê-la. Medo de conseguir e perder. Tenho medo de dirigir, de estacionar, de sair da garagem. Tenho medo de ser esquecido. Tenho medo de ver minha ex-namorada e de seqüestro. Medo da minha dissertação. Medo do câncer, do revolver, da solidão. Também tenho medo de broxar.
O problema com o medo é que ele sempre estará conosco. Em qualquer decisão que eu tomar, estarei com ele, seja pra me fazer covarde ou prudente. Então não há um valor único nisto tudo, é entender que ter medo faz parte de um processo de escolha. O bom de saber disto é que não deixo mais só meus temores influenciarem nas opções e decisões; estão comigo, peso todos os receios, mas não deixo de utilizar outras coisas. Intuição, por exemplo.
Outra coisa: escutei, pelo site da MTV, as músicas acústicas do Bidê ou Balde. Fiquei emocionado e quase chorei. Quase mesmo. Mais um cd e dvd na lista do meu “consumo imediato”. OK. E vamos para uma temporada de flores, bromélias e Melissas.
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