Batuta Musical
Eu sabia que seria difícil, mas não imaginava tanto. Quando li no Garatujas meu nome escalado para a “Batuta Musical”, juro, tremi. Quem me conhece bem sabe que não vivo sem música. Escuto, canto, toco e até arrisco umas composições.
Difícil escolher vinte músicas ou álbuns... Sei que a lista está incompleta, amanhã faria outra. Mas agora, neste exato momento, estas são as canções que embalam meus sonhos e desencantos.
Música sempre!
TOP 20 TheGun – A Missão:
1) Recuerdos de Ypacaraí – com meu pai cantando e tocando violão. É impressionante como coisas que acontecem na nossa infância marcam nossa personalidade pro resto da vida. Desconfio que se papai escutasse Led Zeppelin, e não estes boleros maravilhosos, eu não seria uma pessoa tão melancólica. Desconfio apenas. Gosto muito desta música e das lembranças que ela me trás. Devolve uma paz, uma inocência... É gostoso como era gostoso escutar papai no violão. Ainda bem que ele não escutava Led.
2) Tatuagem – Chico Buarque. Esta canção é matadora. É a única da lista que eu coloco sem hesitar, sem medo algum. Adoro esta música, a interpretação do Chico, o órgão, a bateria de bolero. E a letra! Ainda não encontrei algo tão preciso em definir o cativeiro do amor. Chico, sempre Chico.
3) Tarde Vazia – Ira!. Esta comporta tudo o que eu sinto quando começo a gostar de alguém. Essas bobagens que só o amor permite, coisas estranhas como um telefonema que vale por toda uma semana. Legal é que a letra é bem simples, fala do banzo que a gente sente quando está apaixonado, de ficar olhando pro vazio... Até que o telefone toca. E um sorriso explode no rosto!
4) Não vou me adaptar – Titãs (mas prefiro a versão nova do Nando Reis). Rock bem imagético, quase roteiro de cinema. Coisa do Arnaldo Antunes mesmo. Talvez pelo lance da barba deste tamanho, eu não sei, mas sempre senti esta música como uma autobiografia não autorizada (hehe). Sei que tenho um espírito inconformado, que uma ex-namorada chamava de exagero trágico. Não era nada disto. Era, e ainda é, uma vontade de não se adaptar ao que vai corroer alguns sonhos que gosto de preservar.
5) Fullgás – Marina Lima. A versão original, com o baixo pautando a música, conduzindo tudo. Bateria eletrônica e happiness de teclados. Marina é foda. Tem tanta coisa que gosto, Grávida, A não ser você, Charme do Mundo... Mas Fullgás é especial. “Você me abre seus braços / E a gente faz um país” merece um prêmio por honrar a língua de Camões. Bom demais.
6) Viaduto Santa Ifigênia – Adoniran Barbosa. Melancólica e bela, como quase todas as canções do Adoniran. Gosto da marcação do surdão, das linhas de flauta e da levada do cavaquinho. Uma das primeiras músicas que tentei tirar no instrumento e que, quando quero me imaginar sambista, canto. Em 2004, no meu último ano de Sampa, fugia para o centro pelo menos uma vez por semana. Olha que eu morava no Jabaquara! Ia sempre arrumado, de terno, camisa e chapéu. Bonito pampas. Passava no mercado pra comprar queijo pras meninas que moravam comigo. Entrava nos sebos, café com conhaque. Quando me animava corria até o Viaduto, encostava no parapeito e ficava olhando o movimento. Cantava baixinho a música do Adoniran. Bem baixinho mesmo.
7) Atrás da Porta – Elis Regina. Outra das músicas matadoras do Chico. Com a interpretação da Elis então... Lembro de uma dor-de-cotovelo que amarguei uns três anos atrás. Escutava esta canção com a Pimentinha e chorava todas as mágoas que eu tinha que chorar. Foi que foi.
8) Microondas – Bidê ou Balde. Devo ser o único dentre meus amigos que gosta desta banda gaúcha. Gosto mesmo, muito. Funcionam como uma espécie de bálsamo, pois quando estou triste, dobro o volume do Bidê ou Balde. Canto alto, acompanho no violão, danço. Queria dizer isto pra eles um dia, mas acho muito piegas.
9) Mulher Sem Alma – Nelson Cavaquinho. Difícil. Quem me conhece sabe o quanto sou obsessivo com os artistas que gosto. É assim com o Chico Buarque, com o Ira!, com o Bidê ou Balde e com o Nelson Cavaquinho. Estas personalidades acabam figurando no meu universo do sagrado, pois conseguem me tirar da mesmice, me salvam da mediocridade. Então é difícil escolher algo do Adoniran ou do Nelson. Esta música me consolou diversas vezes das injustiças reveladas pelo desamor. Amarrava um porre lascado e cantava. Parece caricatura? Não é não.
10) Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro – Wander Wildner. Punk Brega, yeah! Violão rachado e voz rasgada. Brega porque não dá pra ser filho do Sérgio Buarque de Holanda o tempo inteiro. Tem horas que a gente quer ser mais cru, mais pulsante, mais tosco. Tem horas que a gente precisa de baladas sangrentas. E o Wander consegue fazer isto com tanta perfeição! Decorei meia-dúzia de canções suas que pretendo colocar num cd que estou gravando. Meu violão e eu. Esta está na linha de frente.
11) Aquellos Ojos Verdes – Ibrahim Ferrer. É a música que eu gostaria de apresentar para meu próximo amor. Suave, belíssima, apaixonante. Ideal pra dançar sussurrando besteirinhas aos ouvidos, pra beber vinho esticado na cama e pra transar. Pérola. E não dá pra dizer mais nada além de imperfeições.
12) Esses Moços – Jamelão. Gosto de Lupicínio Rodrigues por influência de meu pai, que invadia a casa nas manhãs de Domingo com os bolachões das orquestras que tocavam samba-canção. Engraçado, pois tenho saudade da época que as rádios e os clubes tinham suas orquestras, com naipe completo de metais, sem nunca ter experimentando e vivido em tal tempo. Acho que é a tal de herança psicológica, pois dizem que meu avó materno era um tremendo pé-de-valsa. Lembro, especialmente, desta música num show do Jamelão, no SESC Vila Mariana. Du e eu estávamos lá, cercados de aposentados por todos os lados. “Jamelão canta Lupicínio – piano e voz”. Ele dedicou este samba pra nós dois. Acertou em cheio.
13) Augusta, Angélica e Consolação – Tom Zé. Teve um tempo que fiquei deprimido e vários amigos se afastaram. Estava precisando de carinho e cuidados. O que me deu muita força foi a incrível cidade caótica de São Paulo. Andava pelas ruas de Cerqueira César e Vila Buarque, tomava café, enfrentava prateleiras de sebos, observava os pontos de ônibus e conversava com as putas. Esta música do Tom Zé dizia exatamente o que gostaria de cantar pra cidade que tanto me ajudou. E eu esquecia e ia, descendo a Augusta, comprar bombas de chocolate no Bexiga.
14) Assim falava Zaratustra – Richard Strauss. Pirei quando vi esta peça inteira executada pela Osesp na Sala São Paulo. Pirei mesmo. Na saída não conseguia falar direito, estava em choque. A introdução é bem conhecida pela seqüência espantosa do 2001 de Stanley Kubrick. Mas assistir isto ao vivo, com uma grande orquestra trabalhando, assusta. Nunca me senti tão pequenino e, ao mesmo tempo, confortado. Sensação de percepção das nossas fraquezas, maravilhas e finitudes humanas.
15) Opinião – Zé Kéti. Prefiro a versão com o próprio Zé Kéti, que tenho no cd do programa Ensaio. Além de toda a história da música e de suas inúmeras regravações (de cabeça, Nara Leão, Maria Bethânia e Elza Soares), esta é uma prova de que é possível fazer uma música engajada sem parecer militância disfarçada. Conheço este samba faz tanto tempo, desde minha infância. E quando vou glorificar meu passado, gosto de pensar que um pouco da minha consciência política se deve a este sambinha.
16) Assentamento – Chico Buarque. Outra maravilha que me arrepia. Gosto de ouvi-la com os olhos fechados, imaginado cada estrofe. As linhas harmônicas eu vejo como vôos de aves caipiras, das que povoaram a minha infância. Lembro que quando a escutei pela primeira vez e vi a evocação de Manuel e Miguilim, fiquei muito emocionado.
17) Cordas de Aço – Cartola. Como arranho um pouco de violão, costumo usar o instrumento como um grande confidente. Geralmente, quando estou chateado e triste, fico tocando, cantando com o pensamento. Esta música do Cartola me passa esta fidelidade entre alma e violão, um encontro notável, não importando a minha falta de técnica. Não se trata disto, pois é algo muito mais sutil e profundo. Como um samba do Cartola.
18) Vamos para uma excursão – Bidê ou Balde. Quando escutei pela primeira vez, achei tão bobinha. Bem rock pop do Bidê, sem nenhuma pretensão que escape da diversão. Mas a repetição do delicioso refrão me conquistou. Assim, vez ou outra eu me pego cantarolando: – agora eu só sei que tudo que eu quero é te abraçar / hoje de noite, em qualquer lugar.
19) Começaria tudo outra vez – Gonzaguinha ou Maria Bethânia. Realmente eu tenho dos dois pés fincados nos boleros e samba-canções. Esta música é belíssima e preciosa. Também parece um roteiro de cinema ou conto do Raduan Nassar. Fala destas intimidas e lembranças que só os casais apaixonados sabem ter.
20) Pérola Negra – Luiz Melodia. Os metais em brasa metralham qualquer peito desavisado. Quando estou estressado, apago as luzes e deixo esta música me invadir. Vejo a linha dos metais rasgando o ar e, como se isto fosse possível, apagando as lembranças ruins da cabeça.
Puxa... Escrevi muito. Também, isto é lá coisa para pedir a um neurótico! Como já alertei, a lista está incompleta e imperfeita. Agora mesmo, publicando este post, lembrei de algumas que poderiam estar aí. Mesmo assim, foi divertido.
Escutei cada uma delas enquanto escrevia.
Difícil escolher vinte músicas ou álbuns... Sei que a lista está incompleta, amanhã faria outra. Mas agora, neste exato momento, estas são as canções que embalam meus sonhos e desencantos.
Música sempre!
TOP 20 TheGun – A Missão:
1) Recuerdos de Ypacaraí – com meu pai cantando e tocando violão. É impressionante como coisas que acontecem na nossa infância marcam nossa personalidade pro resto da vida. Desconfio que se papai escutasse Led Zeppelin, e não estes boleros maravilhosos, eu não seria uma pessoa tão melancólica. Desconfio apenas. Gosto muito desta música e das lembranças que ela me trás. Devolve uma paz, uma inocência... É gostoso como era gostoso escutar papai no violão. Ainda bem que ele não escutava Led.
2) Tatuagem – Chico Buarque. Esta canção é matadora. É a única da lista que eu coloco sem hesitar, sem medo algum. Adoro esta música, a interpretação do Chico, o órgão, a bateria de bolero. E a letra! Ainda não encontrei algo tão preciso em definir o cativeiro do amor. Chico, sempre Chico.
3) Tarde Vazia – Ira!. Esta comporta tudo o que eu sinto quando começo a gostar de alguém. Essas bobagens que só o amor permite, coisas estranhas como um telefonema que vale por toda uma semana. Legal é que a letra é bem simples, fala do banzo que a gente sente quando está apaixonado, de ficar olhando pro vazio... Até que o telefone toca. E um sorriso explode no rosto!
4) Não vou me adaptar – Titãs (mas prefiro a versão nova do Nando Reis). Rock bem imagético, quase roteiro de cinema. Coisa do Arnaldo Antunes mesmo. Talvez pelo lance da barba deste tamanho, eu não sei, mas sempre senti esta música como uma autobiografia não autorizada (hehe). Sei que tenho um espírito inconformado, que uma ex-namorada chamava de exagero trágico. Não era nada disto. Era, e ainda é, uma vontade de não se adaptar ao que vai corroer alguns sonhos que gosto de preservar.
5) Fullgás – Marina Lima. A versão original, com o baixo pautando a música, conduzindo tudo. Bateria eletrônica e happiness de teclados. Marina é foda. Tem tanta coisa que gosto, Grávida, A não ser você, Charme do Mundo... Mas Fullgás é especial. “Você me abre seus braços / E a gente faz um país” merece um prêmio por honrar a língua de Camões. Bom demais.
6) Viaduto Santa Ifigênia – Adoniran Barbosa. Melancólica e bela, como quase todas as canções do Adoniran. Gosto da marcação do surdão, das linhas de flauta e da levada do cavaquinho. Uma das primeiras músicas que tentei tirar no instrumento e que, quando quero me imaginar sambista, canto. Em 2004, no meu último ano de Sampa, fugia para o centro pelo menos uma vez por semana. Olha que eu morava no Jabaquara! Ia sempre arrumado, de terno, camisa e chapéu. Bonito pampas. Passava no mercado pra comprar queijo pras meninas que moravam comigo. Entrava nos sebos, café com conhaque. Quando me animava corria até o Viaduto, encostava no parapeito e ficava olhando o movimento. Cantava baixinho a música do Adoniran. Bem baixinho mesmo.
7) Atrás da Porta – Elis Regina. Outra das músicas matadoras do Chico. Com a interpretação da Elis então... Lembro de uma dor-de-cotovelo que amarguei uns três anos atrás. Escutava esta canção com a Pimentinha e chorava todas as mágoas que eu tinha que chorar. Foi que foi.
8) Microondas – Bidê ou Balde. Devo ser o único dentre meus amigos que gosta desta banda gaúcha. Gosto mesmo, muito. Funcionam como uma espécie de bálsamo, pois quando estou triste, dobro o volume do Bidê ou Balde. Canto alto, acompanho no violão, danço. Queria dizer isto pra eles um dia, mas acho muito piegas.
9) Mulher Sem Alma – Nelson Cavaquinho. Difícil. Quem me conhece sabe o quanto sou obsessivo com os artistas que gosto. É assim com o Chico Buarque, com o Ira!, com o Bidê ou Balde e com o Nelson Cavaquinho. Estas personalidades acabam figurando no meu universo do sagrado, pois conseguem me tirar da mesmice, me salvam da mediocridade. Então é difícil escolher algo do Adoniran ou do Nelson. Esta música me consolou diversas vezes das injustiças reveladas pelo desamor. Amarrava um porre lascado e cantava. Parece caricatura? Não é não.
10) Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro – Wander Wildner. Punk Brega, yeah! Violão rachado e voz rasgada. Brega porque não dá pra ser filho do Sérgio Buarque de Holanda o tempo inteiro. Tem horas que a gente quer ser mais cru, mais pulsante, mais tosco. Tem horas que a gente precisa de baladas sangrentas. E o Wander consegue fazer isto com tanta perfeição! Decorei meia-dúzia de canções suas que pretendo colocar num cd que estou gravando. Meu violão e eu. Esta está na linha de frente.
11) Aquellos Ojos Verdes – Ibrahim Ferrer. É a música que eu gostaria de apresentar para meu próximo amor. Suave, belíssima, apaixonante. Ideal pra dançar sussurrando besteirinhas aos ouvidos, pra beber vinho esticado na cama e pra transar. Pérola. E não dá pra dizer mais nada além de imperfeições.
12) Esses Moços – Jamelão. Gosto de Lupicínio Rodrigues por influência de meu pai, que invadia a casa nas manhãs de Domingo com os bolachões das orquestras que tocavam samba-canção. Engraçado, pois tenho saudade da época que as rádios e os clubes tinham suas orquestras, com naipe completo de metais, sem nunca ter experimentando e vivido em tal tempo. Acho que é a tal de herança psicológica, pois dizem que meu avó materno era um tremendo pé-de-valsa. Lembro, especialmente, desta música num show do Jamelão, no SESC Vila Mariana. Du e eu estávamos lá, cercados de aposentados por todos os lados. “Jamelão canta Lupicínio – piano e voz”. Ele dedicou este samba pra nós dois. Acertou em cheio.
13) Augusta, Angélica e Consolação – Tom Zé. Teve um tempo que fiquei deprimido e vários amigos se afastaram. Estava precisando de carinho e cuidados. O que me deu muita força foi a incrível cidade caótica de São Paulo. Andava pelas ruas de Cerqueira César e Vila Buarque, tomava café, enfrentava prateleiras de sebos, observava os pontos de ônibus e conversava com as putas. Esta música do Tom Zé dizia exatamente o que gostaria de cantar pra cidade que tanto me ajudou. E eu esquecia e ia, descendo a Augusta, comprar bombas de chocolate no Bexiga.
14) Assim falava Zaratustra – Richard Strauss. Pirei quando vi esta peça inteira executada pela Osesp na Sala São Paulo. Pirei mesmo. Na saída não conseguia falar direito, estava em choque. A introdução é bem conhecida pela seqüência espantosa do 2001 de Stanley Kubrick. Mas assistir isto ao vivo, com uma grande orquestra trabalhando, assusta. Nunca me senti tão pequenino e, ao mesmo tempo, confortado. Sensação de percepção das nossas fraquezas, maravilhas e finitudes humanas.
15) Opinião – Zé Kéti. Prefiro a versão com o próprio Zé Kéti, que tenho no cd do programa Ensaio. Além de toda a história da música e de suas inúmeras regravações (de cabeça, Nara Leão, Maria Bethânia e Elza Soares), esta é uma prova de que é possível fazer uma música engajada sem parecer militância disfarçada. Conheço este samba faz tanto tempo, desde minha infância. E quando vou glorificar meu passado, gosto de pensar que um pouco da minha consciência política se deve a este sambinha.
16) Assentamento – Chico Buarque. Outra maravilha que me arrepia. Gosto de ouvi-la com os olhos fechados, imaginado cada estrofe. As linhas harmônicas eu vejo como vôos de aves caipiras, das que povoaram a minha infância. Lembro que quando a escutei pela primeira vez e vi a evocação de Manuel e Miguilim, fiquei muito emocionado.
17) Cordas de Aço – Cartola. Como arranho um pouco de violão, costumo usar o instrumento como um grande confidente. Geralmente, quando estou chateado e triste, fico tocando, cantando com o pensamento. Esta música do Cartola me passa esta fidelidade entre alma e violão, um encontro notável, não importando a minha falta de técnica. Não se trata disto, pois é algo muito mais sutil e profundo. Como um samba do Cartola.
18) Vamos para uma excursão – Bidê ou Balde. Quando escutei pela primeira vez, achei tão bobinha. Bem rock pop do Bidê, sem nenhuma pretensão que escape da diversão. Mas a repetição do delicioso refrão me conquistou. Assim, vez ou outra eu me pego cantarolando: – agora eu só sei que tudo que eu quero é te abraçar / hoje de noite, em qualquer lugar.
19) Começaria tudo outra vez – Gonzaguinha ou Maria Bethânia. Realmente eu tenho dos dois pés fincados nos boleros e samba-canções. Esta música é belíssima e preciosa. Também parece um roteiro de cinema ou conto do Raduan Nassar. Fala destas intimidas e lembranças que só os casais apaixonados sabem ter.
20) Pérola Negra – Luiz Melodia. Os metais em brasa metralham qualquer peito desavisado. Quando estou estressado, apago as luzes e deixo esta música me invadir. Vejo a linha dos metais rasgando o ar e, como se isto fosse possível, apagando as lembranças ruins da cabeça.
Puxa... Escrevi muito. Também, isto é lá coisa para pedir a um neurótico! Como já alertei, a lista está incompleta e imperfeita. Agora mesmo, publicando este post, lembrei de algumas que poderiam estar aí. Mesmo assim, foi divertido.
Escutei cada uma delas enquanto escrevia.
3 Comments:
Bom, eu estava esperando ansiosa seu Top 20. E aí vc coloca pelo menos sete músicas que eu também colocaria... Puxa vida! Fiquei impressionada... Fora isso, seu bom gosto, como era de se esperar! Beijos
Ah, esqueci: também fiquei emocionada a primeira vez que ouvi assentamento, pelo mesmo motivo. Caceta!hehehe
A número 2 e a 7 são de matar. Valeu!
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