segunda-feira, agosto 01, 2005

Grandes comparsas

Sábado teve um show do Ludov num bar bacana aqui do sertão. Bar Kenoma, em Rio Claro. Cerveja barata e Coca-Cola naquelas garrafinhas de vidro, clássicas. Legal! Convoquei meus dois melhores amigos e fomos. Acho que eles não gostaram muito, mas eu adorei estar ali: nós três, cervejinha e Ludov.

Tinha um aquário grande e iluminado na entrada do bar.

Gostei. Começou o show e fui para frente do palco. Fiquei bem perto da banda, menos de um metro. E como o palco era baixo, praticamente estava ao lado da Vanessa Krongold. A guria estava lindíssima, num visual meio retrô, meio anos trinta. Saia cinza escura e uma blusa preta. Linda e sorridente.

Cantei todas as músicas. Esqueci que estava lá, de me localizar no tempo e espaço. Simplesmente desliguei e fiquei assistindo o quinteto tocando. Sentindo. Cantei alto e, em algumas músicas, cheguei bem perto de chorar. Mas não. E me senti pleno em estar presente ali.

Depois ficamos um bom tempo de papo pro ar. Gosto da intimidade que nós três conquistamos, essas coisas que só o tempo e muitas experiências conjuntas conseguem fortalecer. Muitas piadas e risos de quase tudo.

Conversamos sobre sexo, noitadas, música, mulheres, amores e futuro, tudo isto na informalidade profunda e natural dos grandes comparsas. Estranho, pois acabei sentindo uma forte emoção dupla: era bom e ruim experimentar isto com eles. Era bom, pois sempre é reconfortante saber que não estamos sozinhos, saber que toda esta confusão que tira o meu sono também está com meus amigos, o que torna a dor mais humana, mais compartilhada. A gente pode conversar sobre ela. Era ruim, já que acho uma tremenda injustiça ver pessoas como eles confusos e angustiados. Parece que os bons estão sendo penalizados nestes tempos modernos. Na saída comprei uma camiseta bacana da banda e fiquei olhando, por um bom tempo, pra Vanessa. Ela estava sentada, sozinha. Queria conversar e perguntar se ela acredita em amor ao primeiro show.

Ou no primeiro olhar.

Voltamos pra casa. Vim dirigindo. Leandro desmaiou no carro, rock nacional, pista vazia. Giusti e eu ficamos conversando sobre coisas da solidão. Pensei no quanto seria valioso estar com ela por lá para mostrar algumas músicas que me fazem lembrar de nós. Censurei a idéia. Isto não seria possível mais e, além disto, estava bem ali com meus amigos. Paramos para comer hambúrgueres e deixei cada um na porta de casa. Que bom seria se isto pudesse acontecer todo final de semana!

E sobe o som.

1 Comments:

Blogger kellen said...

Amigos são tudo de bom, mesmo mesmo! As minhas acabaram de sair daqui...
Ah, outra coisa: adorei os cumprimentos, vou adorar o cd, tenho certeza (hehe) e tenho uma proposta sobre o show-homenagem ao Candeia, amanhã te conto. Besitos

1:44 AM  

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