Páginas amareladas
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
Divino Maravilhoso
Caetano Veloso
Não temos tempo de temer a morte
Divino Maravilhoso
Caetano Veloso
Metido entre os livros, rabiscando. Copo de cólera. Judeus.
No quadro de cortiça penduro o postal. Mário de Andrade me pulveriza numa queixa soturna, mas lírica. Repetente. Não permita Deus que eu morra sem...
Uma lágrima: pode ser Miles. É só saudade? Eu não sei. Nem há como saber na correria das estradas, com as janelas abertas e o carro acelerado. Ultrapassagem rápida. Saudade longa.
Saudade.
As ruas da cidade se vão, perdendo-se entre as pedras do calçamento, luzes dos apartamentos e sons da poesia concreta. Despencou a memória do andaime, desesperada e farta, gritando em paranóia como se fosse possível remediar o salto.
As luzes.
Na sacada há um tempo para um cigarro. Olhos fixos, inebriados com a fumaça que desliza na noite, fresca, despreocupada em suas vergonhas. A noite esconde tudo.
1 Comments:
tô com saudades...
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