Barro, pedra, pó
Libertas Quae Sera Tamen
A novidade é que, finalmente, arrumei um álbum do Milton Nascimento que adoro. GERAES foi gravado em 1976, no Brasil dos militares, da saudade e do exílio. Sem se afundar em tanto sentimento cinza, o trabalho do Milton (que naquela época ainda usava um boné) é belíssimo, da primeira canção até a última!
O álbum é maravilhoso! A voz do Milton está linda. A da Mercedes e da Clementina também, assim como as letras do Chico Buarque, os violões, as cordas, os pianos... Tudo sensível, frágil, belo...
A capa é tão simples e profunda quanto o nome do trabalho: um fundo bege com um trenzinho desenhado entre uns morros. O mar de morros de Minas Gerais.
A primeira vez que escutei o disco foi num antigo apartamento que dividia com amigos, em 1999. A namorada de um deles que tinha o tesouro deixou, desavisada, o LP em nossa coleção. Descobri o bendito perdido entre punk brasileiro, Nelson Cavaquinho e Raul Seixas. Decorei todas as faixas.
Ontem encontrei o álbum e cá estou com ele até agora.
Sem palavras... Apenas som!
Lo que puede el sentimiento
No lo ha podido el saber
Ni el mas claro proceder
Ni el mas ancho pensamiento
Todo lo cambia el momento
Cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente
De rencores y violencias
Solo el amor con su ciencia
Nos vuelve tan inocentes
Volver a los 17
violeta parra
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